Chamavam-lhe "Menina",
os navegantes,
quando chegavam errantes,
plenos de rum e de sal.
Sabiam-na lá
e conheciam o seu mal:
não saber dizer não.
Mil homens passaram
outros tantos a amaram
jamais deixando lembrança
Vindo da tormenta
nenhum homem aguenta,
chegada a bonança.
Procuravam o gozo,
a paixão,
trocando o seu não
por um punhado de estórias
e ela vivia as suas glórias
bem lá no mar.
Chegavam em romaria
e todo o marinheiro queria
a "Menina" encontrar.
Todos sabiam seu perfume
conheciam o seu lume
e adoravam se queimar.
Mil leitos passados,
incontáveis beijos dados
Em mil horas de prazer.
As estórias não fazem vidas
e todo o ser busca
até se encontrar.
Quantos se perdem no caminho
quando a busca é o destino
e nada há além do mar.
Encontraram-na no Tejo,
braços estendidos ao seu amor.
Estórias:
outrora brilhos em seu olhar
eram agora seu corpo hirto,
lutando por boiar.
(Imagem Andy Higgs - All at Sea)
A reflorestar o bosque poético.
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