A reflorestar o bosque poético.
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sábado, 30 de junho de 2007

Se...

Hoje, depois de tudo, fiquei com um sabor especial.
Uma melodia ficou a bailar dentro da minha cabeça.
Hoje...,
hoje conto-vos assim



"
Meu coração
Sem direção
Voando só por voar
Sem saber onde chegar
Sonhando em te encontrar
E as estrelas
Que hoje eu descobri
No seu olhar
As estrelas vão me guiar

Se eu não te amasse tanto assim
Talvez perdesse os sonhos
Dentro de mim
E vivesse na escuridão
Se eu não te amasse tanto assim
Talvez não visse flores
Por onde eu vim
Dentro do meu coração

Hoje eu sei
Eu te amei
No vento de um temporal
Mas fui mais
Muito além
Do tempo do vendaval
Nos desejos
Num beijo
Que eu jamais provei igual
E as estrelas dão um sinal

Se eu não te amasse tanto assim
Talvez perdesse os sonhos
Dentro de mim
E vivesse na escuridão
Se eu não te amasse tanto assim
Talvez não visse flores
Por onde eu vim
Dentro do meu coração
"

Muitas felicidades para vocês.

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Recordação



Esse retrato, no fundo do baú
que é o coração.

Há tanto que não o via
mesmo à mão de se encontrar.
A imagem da utopia
no meu espaço singular.

É luz na minha mão,
pedaço de papel descorado
e num instante de trovão
mil memórias de aconchego
e outras tantas de solidão.

Ora papel, ora pincel
a magia sobre a tela
e os tons de aguarela
com que pintamos sem pensar.
Cores quentes de paixão
em traços finos de emoção,
onde se aprende a amar.

Éramos cor e acção
dois sujeitos e predicado
numa única oração.
Sem imperfeito conjugado
ou qualquer outra imitação
fomos o "flash" do momento
não sendo amor de ocasião.

Nesses retratos, estavas tu
onde te pintava a olho nu
em cores lindas de encantar,
no meu espaço singular
que é o coração:
Um baú a abarrotar
de tanto te guardar
na minha recordação.

(Imagem: Pandora's Box - Arthur Rackham)

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Masoquismo Consciente

Olá.
Estás ai?
Consegues ouvir-me pedir por mais?
Sentes o coração explodir num sufoco,
num abraço de despego material,
na recusa do amor carnal,
implorar por calor?
Vês a chaga que me arde no peito,
essa recusa de respeito
por mim, para mim, todos os dias dessa vida.
Assim, considero-me delirar
neste estado imprudente
de um Masoquismo consciente
onde me penso encontrar.
Vendo tudo se retorcer,
num aperto de doer e numa duvida de ilusão.
Nestes momentos de solidão,
onde me ponho a pensar
e que me fazem recordar
que deveria viver...

Por todos e não por nós,
entre todos estamos sós,
quando apenas os outros
são a razão, da nossa acção,
e o tema da nossa preocupação.

Neste disco meio louco,
onde só tocam temas que queremos ouvir
acabamos a repetir os mesmos erros
e a cair nos mesmo enganos que jurámos extinguir.

Na novela de Masoch
encontro a minha dama,
mulher que me chama para a trama seguir.
Nesta loucura em que me encontro
acredito ouvi-la imperar
e em suas peles ordenar, que faça o que manda.
Sigo as ordens em diante e cumpro expectante
de uma recompensa singular.
Pobre bicho sou, que a tal alucinação me dou
e em que quero acreditar.
Deveria suspeitar
que como escravo de nascença
desta vida de descrença não me poderei soltar.

Sigo acorrentado, de coração amordaçado
mais uma ordem qualquer.