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terça-feira, 19 de novembro de 2002

Vazio

o tempo passa como o passar dos compassos
ouço os sons indistintos desse tempo profundo
sem saber bem porquê, fechado no quarto
sinto-me isolado do mundo

sem forças para pensar
a vida passa-me ao lado
será vicio, paranóia de te amar?
ou é simples, este meu humilde fado

não quero ver ninguém,
ninguém te pode substituir
será possível de superar?
ou impossível o encanto destruir

mais um dia que acabou
que mensagem tirar desta prova que Deus me deu?
mais um tempo que passou
mas uma alegria que se fodeu

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